A capital Manaus, localizada na confluência dos rios Negro e Solimões, é a mais populosa do Amazonas, da Região Norte e de toda a Amazônia Brasileira e a sétima cidade mais populosa do Brasil, com mais de 2 milhões de habitantes (conforme IBGE 2019).
Localizada no centro da maior floresta tropical do mundo, Manaus é um dos maiores destinos turísticos no Brasil, abriga a sede do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), sendo o mais importante centro para estudos científicos do bioma
amazônico e para assuntos internacionais de sustentabilidade.
A origem do nome da cidade provém da tribo dos manaós, habitantes da região dos rios Negro e Solimões. Na grafia antiga preservava o "O" e acentuava a vogal precedente, denominando-se Manaós. Na língua indígena, Manaus é a variação de Manaos,
que significa Mãe dos Deuses. No século XIX a cidade era conhecida como Barra do Rio Negro.
Fundada em 1669 denominava-se Fortaleza do Rio Negro, a partir de 1870 ficou conhecida durante o ciclo da borracha como a Paris dos Trópicos, devido ao luxo de sua arquitetura européia, atraindo investimentos estrangeiros e imigrantes de todas as
partes do mundo. Em função disso, Manaus tornou-se mundialmente conhecida e exerce significativa influência nacional e internacional, seja no ponto de vista ambiental, cultural ou econômico. Em 1913 em virtude da perda do mercado mundial para a borracha
asiática, a cidade foi direcionada a um período de isolamento até o advento da Zona Franca de Manaus (ou Polo Industrial de Manaus) em 1970, um parque industrial para armazenamento de mercadorias em águas tributárias do rio Amazonas. com o propósito de
criar no interior da Amazônia um centro industrial, comercial e agropecuário dotado de condições econômicas que permitam seu desenvolvimento, em face dos fatores locais e da grande distância, a que se encontram, os centros consumidores de seus produtos.
Manaus conta com importantes monumentos, museus, parques, praias, institutos de pesquisas e teatros, como o Teatro Amazonas, considerado seu maior símbolo cultural, tombado como Patrimônio Histórico Nacional pelo IPHAN, assim como o Monumento à Abertura dos Portos, o Centro de Biotecnologia da Amazônia, o Instituto de Desenvolvimento Tecnológico, o Sidia Instituto de Ciência e Tecnologia, o Parque Municipal do Mindu, o Jardim Botânico de Manaus, a Praia da Ponta Negra e eventos de grande repercussão, como o desfile das escolas de samba do Grupo Especial de Manaus no Sambódromo e o Festival Amazonas de Ópera, no Teatro Amazonas.
A Praia da Ponta Negra possui uma orla urbanizada, localizada às margens do rio Negro, situada junto ao parque que leva o mesmo nome, tornando-se um dos principais pontos turísticos da capital amazonense. O parque que passou por uma recente reforma, ganhou novos estacionamentos e jardins, dispõe de um novo calçadão com pedras portuguesas, inspirado no piso do Largo de São Sebastião, escadaria, quadras para prática de esporte, passarela, praça na rotatória com chafariz e espelho d’água, com fonte que funciona com música e iluminação a LED, três mirantes com vista para o rio Negro na Praça da Marinha e um anfiteatro, onde são realizadas apresentações musicais, espetáculos teatrais e outras atrações. O fim de tarde é um convite a parte para quem deseja assitir um dos mais belos pôr-do-sol do país, um espetáculo de cores contrastantes onde o céu se encontra esplendorosamente com o Rio Negro.
A tribo indígena Dessana Tukana é orginária de uma aldeia na fronteira entre a Venezuela, Colômbia e o Brasil. Essa aldeia especificamente, só pode ser acessada pelo rio, sendo ponto de parada dos passeios turísticos de barco que partem de Manaus em direção à floresta, sendo o turismo é a principal fonte de renda deles. Logo no desembarque o pajé dá as boas-vindas a todos os visitantes e oferece uma breve explicação sobre as origens e o modo de vida dos nativos que vivem ali. Dentro da oca principal, é inicia-se uma apresentação onde podemos observar diferentes danças e seus rituais que, conforme a cultura dessana, representam a criação do mundo e a origem dos povos indígenas, assim como o uso de instrumentos sagrados e do breu branco, utilizado por eles para a purificação do ambiente. Após a apresentação é permitido tirar fotos, interagir com os indígenas e até participar voluntariamente na pintura dos rostos.
O Museu do Seringal Vila Paraíso fica localizado no igarapé São João, no Tarumã-Mirim, seu acesso só pode ser feito por via fluvial, através da Marina do Davi, na Ponta Negra. Ele foi criado em 2001 para ser cenário do filme "A Selva",
que após as gravações, foi doado para a Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Amazonas, que o transformou nesse Museu. O filme teve a participação do ator Gracindo Júnior, da atriz Maitê Proença, entre outros astros do cinema.
A visitação contempla diversos cenários onde é possível reviver a história e a cultura do Ciclo da borracha, ocorrido no final do século XVIII e início do século XIX. Nessa visita guiada podemos destacar:
- Processo de extração do latex: Demonstração do processo "in natura" em um pé de seringueira;
- O Casarão: Residência do barão, com os móveis, louças, vestimentas e instrumentos da época;
- Banho da Iaiá: Local destinado às mulheres da família e amigas do barão;
- Barracão de Aviamento: Local contendo artigos manufaturados e industrializados da época;
- Trilha dos Seringueiros: Uma trilha que mostra o trajeto feito pelos seringueiros;
- Tapiri de Defumação da Borracha: Local onde era feito a transformação do material;
- Casa da Farinha: Que demonstra o processo de fabricação do alimento;
- Casa do Seringueiro: Local precário onde os seringueiros descansavam;
- Casa do Capataz: Local um pouco mais privilegiado que a Casa do Seringueiro;
- Capela de Nossa Senhora da Conceição: A padroeira do Amazonas.
Além dessas atrações guiadas, não podemos deixar de contemplar a fauna e a flora, com as enormes seringueiras e os macaquinos camuflados entre os galhos das árvores.