Morretes é importante pelas suas deslumbrantes belezas naturais, pela sua marcante cultura e pelas personalidades que fizeram a história do Paraná e do Brasil. A cidade foi fundada em 1721, O primeiro morador da região foi João de Almeida e ali foi construída uma capela denominada de Nossa Senhora do Porto e Menino Deus dos três Morretes (Nome originado pelo relevo geográfico constituído de morros). Em março de 1841, foi elevada à categoria de município, sendo desmembrado de Antonina e passou a denominar-se Nhundiaquara ( “Nhundia” = peixe, jundiá – “Quara” = empoçado, buraco ). Em abril de 1870, voltou a denominar-se Morretes, atual denominação oficial do município.
Podemos escolher dois caminhos: ferroviário ou rodoviário. O acesso pela Estrada de Ferro centenária é deslumbrante, seu ponto de partida é na Rodoferroviária de Curitiba, o trem sai diariamente às 08:15 da manhã e chega em Morretes às 11:15. Descer a Serra do Mar é um encontro com toda a plenitude que a natureza pode oferecer. Uma obra de engenharia genial que corta toda a serra, transpondo 110 km e 13 túneis, onde temos as visões mais fantásticas do complexo da Serra do Mar. Nesta descida, temos o privilégio de ver a inesquecível Garganta do Diabo, que extasia e amedronta, o lindo Véu de Noiva, uma queda d´água de beleza indescritível e outras paisagens exuberantes.
No trajeto o trem atravessa por cidades metropolitanas como Pinhais e Piraquara, pela represa Caiguava, Túnel Roça Nova, Represa do Rio Ipiranga , Santuário do Cadeado. Também Podemos observar casas históricas, algumas conservadas, outras retauradas e outras aguardando recursos federais para serem restauradas.
Descrever o setor histórico de Morretes é retratar o passado, suas histórias e seus costumes. Um belíssimo casario enfeita as ruas da cidade, a casa de Rocha Pombo e até a casa que o Imperador D. Pedro II já pernoitou. O Instituto Mirtillo Trombini funciona no centro da cidade em um antigo casarão tombado como patrimônio histórico e mantém uma biblioteca, uma galeria de arte e ateliês de música, pintura e reciclagem abertos aos visitantes.
A cidade é cortada pelo maravilhoso e romântico Rio Nhundiaquara, que serviu por muitos anos como a única via natural de penetração que ligava o litoral ao planalto paranaense. É deste cristalino rio que os viajantes podem fazer o famoso passeio de bóia cross e se deliciar em banhos e mergulhos pelas suas águas frescas e límpidas. A orla do rio serve de ponto de encontro para passar o tempo.
As igrejas seculares também estão presentes, destacando-se a Igreja de São Benedito construída por escravos em 1765 e a Igreja Matriz de Nossa Senhora do Porto, construída em 1812. No centro histórico se encontra a Igreja Metodista de Morretes.
A gastronomia sempre foi o cartão postal da cidade, principalmente pelo seu prato típico, o famoso barreado. Mas nem só de barreado vive a cidade, Morretes tem restaurantes para todos os gostos, que vão do churrasco aos mais variados frutos do mar. Além disso, Morretes é o lar da famosa “cachaça morreteana”, produzida até hoje em velhos alambiques e com uma qualidade sem igual. E pra acompanhar tudo isso, uma infinidade de opções como rapadura, melado, caldo de cana, balas de banana e a cultura do gengibre. Uma boa recomendação é o Restaurante Casarão, ali se degusta cachaça de diversos sabores e saboreia-se o prato típico, o Barreado.